segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O PROCESSO DE APROPRIAÇÃO DA LEITURA E DA E DA ESCRITAgRACI

Gracielle B. Lyra
Data: 12 de agosto de 2015
Período Vespertino

Assuntos tratados:
- Saberes importantes para os professores alfabetizadores
- Correspondências grafofônicas
- Quais métodos perpassam nossas práticas?
- Múltiplas facetas da alfabetização
- Planejamento no ciclo de alfabetização
- Eixos (leitura, produção de escrita, oralidade e análise linguística)
- Texto de Rubem Alves

Primeiro a magia da história, depois a magia do be-a-bá

“Se fosse ensinar a uma criança a arte da jardinagem, não começaria com as lições das pás, enxadas e tesouras de podar. Levaria a passear por parques e jardins, mostraria flores e árvores, falaria sobre suas maravilhosas simetrias e perfumes; levaria a livrarias, para que ela visse nos livros de arte, jardins de outras partes do mundo. Aí, seduzida pela beleza dos jardins, ela me pediria para ensinar-lhe as lições das pás, enxadas e tesouras de podar.

Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. 

Se fosse ensinar a uma criança a arte de leitura não começaria com as letras e as sílabas. Simplesmente leria as histórias mais fascinantes que a fariam entrar no mundo encantado da fantasia. Aí então, com inveja dos meus poderes mágicos, ela quereria que lhe ensinasse o segredo que transforma letras e sílabas em histórias. É assim. É muito simples. “

Rubem Alves

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